domingo, 8 de janeiro de 2012

Ladrões na seara

        A exploração da fé
 Atualmente vivemos em um século semelhante ao da reforma protestante, onde pastores e pregadores estão no mesmo lugar que os bispos e papa do século XVI.
  Detém em suas mãos o poder da persuasão e da influência, podendo convencer muitos a seguirem a Cristo pela fé. Mas alguns usam esse artifício para colocá-los novamente debaixo do jugo do materialismo, despojando suas rendas.
  A hipocrisia, o engano, o orgulho próprio e a ganância, têm invadido a igreja do Senhor.
Hoje temos a bíblia traduzida em várias versões e idiomas, dicionários bíblicos, cursos teológicos e muito mais. Ainda com toda essa disponibilidade de informações, muitas pessoas estão sendo levadas por ventos de falsos ensinos, vivendo debaixo do mesmo jugo com que vivia os cristãos de outras épocas.


Ladrões na seara

A divisão da igreja católica e protestante foi há quase quinhentos anos, e a pouco mais de cem anos, o Brasil recebeu esse avivamento pentecostal.
Anos se passaram desde a reforma, e aquela velha visão materialista tem retornado a igreja do Senhor. Em nossos cultos diários percebesse a ausência do Espírito Santo e um grande crescimento da venda de indulgências, amuletos e objetos que, dizem ser para materializar a fé, forçando o povo a dizimar sob o pretexto de se justificar pelo suposto roubo a Deus. Induzindo o povo a fazer votos e sacrifícios, compra de unções eclesiásticas e cargos na igreja, idolatria a líderes religiosos e outros (2Pe2:3).
A exploração a opressão e o comercio na Igreja Católica, que Lutero tanto combateu e protestou, hoje está dentro do movimento que o próprio Lutero fundou e defendeu o protestantismo ou evangélico.


6-Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, 7-o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. 8-Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 9-Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. (Gl 1:6-9)
 Paulo se admirou que tão depressa eles estivessem deixando o evangelho da graça de cristo, para outro evangelho (1:6). De fato, não existe outro evangelho, mas estes estavam pervertendo “o evangelho de Cristo” (1:7). Ainda assim hoje como no passado, continuam a perturbarem o povo de Deus com um evangelho pervertido. Perverter o evangelho quer dizer acrescentar (ou diminuir) sem a autoridade de Cristo, alguma coisa no evangelho. Paulo disse que qualquer pessoa que “vos pregue um evangelho que vá além daquele que foi anunciado, seja anátema” — mesmo se for um apóstolo ou um anjo do céu (1:8-9)! “Anátema” quer dizer “separado para ser destruído”. Qualquer pessoa que prega um evangelho pervertido é anátema. Evangelho pervertido é o evangelho da justificação pela fé, misturado com a justificação pelas obras da lei. Quem o faz não tem a autoridade de Cristo para isso, e esse tal será destruído.
14-Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? 15-Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios. 16-Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. 17-Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é, porventura, Cristo ministro do pecado? De maneira nenhuma. 18-Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. 19-Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. 20-Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim. 21-Não anulo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão.
(Gl 2:14-21)

Quando o apóstolo Pedro visitou Antioquia, Paulo viu que ele não praticava a mesma coisa que pregava . Até o fiel Barnabé começou a praticar erro devido ao mau exemplo de Pedro (2:13). Se esses homens erraram, pessoas de Deus, também podem errar em questões de fé hoje em dia.
Pedro errou porque temia “os da circuncisão” ele ficou com receio dos irmãos de Jerusalém e foi se apartando. Muitos pregadores como Pedro, sabem a verdade do evangelho, mas por medo de homens estão pervertendo a palavra de Deus.

 hoje quantos pregadores gentios, estão obrigando pessoas a viverem como judeus. Os judeus procuraram ser justificados por Deus devido às obras da lei (o Velho Testamento). Mas o evangelho de Cristo revela que os homens não são justificados por obras da lei, e sim pela fé em Cristo Jesus (2:16). Enquanto Pedro tinha sido justificado pela fé em Cristo, ele voltou à prática da lei como se a sua justificação pela fé não fosse suficiente. Muitos hoje que alegam ter fé em Cristo caem no mesmo erro de Pedro. Pregam para guardar o sábado, pagar o dízimo, restrições de alimentos e praticar outras obras baseadas na justiça da lei.  Como se o sacrifício de cristo não fosse suficiente para nos purificar de todo pecado. “Mas voltando alguém a se justificar pela lei nega a graça de Cristo, e invalida a sua morte na cruz, porque se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão”.

1-Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado? 2-Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3-Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? 4-Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão. 5-Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
(Gl 3:1-5)

 Ó insensatos gálatas! É assim que Paulo chamou os irmãos daquela igreja. Pois eles já haviam sido justificados pela fé em Cristo Jesus, sem saber nada sobre a lei de Moisés. Seria tolice para eles voltarem a uma lei que não justifica, uma vez que já foram justificados em Cristo. Começado pelo Espírito e acabando pela carne (3:1-3). É uma pena saber que existem muitos “gálatas” em nossos dias.

11-E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé. 12-Ora, a lei não é da fé, mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá. 13-Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
(Gl 3:11-13)
 
1-Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.
2-Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. 3-E, de novo, protesto a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. 4-Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. 5-Porque nós, pelo espírito da fé, aguardamos a esperança da justiça. 6-Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé que opera por caridade. 7-Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? 8-Esta persuasão não vem daquele que vos chamou. 9-Um pouco de fermento leveda toda a massa. 10-Confio de vós, no Senhor, que nenhuma outra coisa sentireis; mas aquele que vos inquieta, seja ele quem for, sofrerá a condenação.

(Gl 5:1-10)
Cristo libertou esses discípulos do rigor da lei mosaica, mas ainda corriam risco de voltar à escravidão (5:1). Paulo lhes avisou que, se eles se submetessem à lei (especificamente à circuncisão), não aproveitariam Cristo (5:2). Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído (5:4). A circuncisão é o primeiro passo de uma lei que precisaria ser guardada inteiramente.  Procurando a justificação pela lei nega a graça de Deus e invalida o sacrifício de Cristo (5:4-5). Cristo derramou seu sangue para a remissão dos pecados. As pessoas que respondem a esse sacrifício com fé ativa e amorosa são justificadas (5:5-6). Aqueles que procuram a justificação através das obras da lei da graça têm caído (5:4).
13-Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. 14-Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo. 15-Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.
(Gl 6:13-15)
 Aqueles que se tinham entremetido secretamente entre os irmãos da Galácia que exigiam a circuncisão para a salvação, não estavam realmente interessados em ajudar às pessoas convertidas, nem em guardar eles mesmos a lei de Moisés. Eles queriam evitar a perseguição pelos judeus . Eles se gloriaram na carne dos seus "convertidos", e não na cruz de Cristo. Muitos hoje ainda gloriam na carne dos seus convertidos, usando um evangelho carnal para atrair grandes números de pessoas, anulando a graça salvadora de Deus em Cristo, ao invés de ensinar a verdade de Cristo e sofrer a perseguição da cruz.

  Resumo

  Gálatas não foi escrito como uma redação sobre a história contemporânea. Foi um protesto contra a corrupção do evangelho de Cristo. A verdade essencial da justificação pela fé e não pelas obras da lei tinha sido obscurecida pela insistência por parte dos judaizantes de que os crentes em Cristo deviam cumprir a lei se esperavam ser perfeitos diante de Deus. Quando Paulo soube que este ensino tinha começado a influenciar as igrejas de Galácia e que os tinha afastado de sua herança de liberdade, ele escreveu o forte protesto contido nesta epístola. Paulo sendo o apóstolo dos gentios foi o primeiro protestante a defender nossa liberdade em Cristo, se ele não tivesse sido bem sucedido em seus argumentos a favor da justificação pela fé, o Cristianismo teria permanecido como uma seita dentro do judaísmo, ao invés de se tornar uma forma universal de salvação.
Na época de Lutero aconteceu à mesma coisa, ele defendeu, protestou, resistiu e por fim conseguiu tirar alguns dessa prisão psicológica. Mas o amor ao dinheiro e ao poder subiu novamente aos corações dos lideres atuais e esse vírus voltou a adoecer a igreja de Cristo como se vê hoje. Atualmente estamos passando por um período difícil, pois o evangelho que nos é apresentado é um evangelho mesclado com fé e justificação pelas obras da lei. Nascemos em um tempo onde existe um sistema global pervertido, um monopólio entre os lideres eclesiásticos, onde a verdade do evangelho é negada.

Algumas pessoas pesam conhecer a verdade, mas estão sendo enganados pelos falsos mestres, perturbadores do evangelho, lobos devoradores, empresários da fé, que por ganância pelo dinheiro tem feito do povo de Deus negócio com palavras fingidas, pois é possível ter uma religião sem ter o evangelho genuíno.


A assembléia em Jerusalém

Houve uma assembléia entre os apóstolos em Jerusalém por volta do ano 50 d.C, para decidirem o que nós os gentios deveríamos observar sobre a lei de Moisés, vamos examinar.

Capitulo 15 de atos dos apóstolos
Alguns, porém, da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés (5).
A assembléia dos apóstolos em Jerusalém decidiu a respeito de toda lei de Moisés e não somente sobre a circuncisão, pois os fariseus crentes diziam que “era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés”.

22-Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos. 23-E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde. 24-Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento), 25-pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, 26-homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27-Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo. 28-Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: 29-Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.
30-Tendo-se eles, então, despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta. 31-E, quando a leram, alegraram-se pela exortação. 32-Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. 33-E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos, 34-mas pareceu bem a Silas ficar ali. 35-E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.

Observe a decisão, 28-Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: 29-Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.



Proibições necessárias:

Coisas sacrificadas aos ídolos: comer comida de festas de idolatria a imagens de escultura.
Sangue: comer ou beber sangue de qualquer espécie.
Carne sufocada: comer carne de animal estrangulado com seu sangue ou sem ele.
 Fornicação: sexo ilícito, fora do casamento.

Percebemos através do estudo da bíblia que a igreja do século XXI, tem perdido a direção e o foco por causa de falsos ensinos, com base na “teologia da prosperidade”.  8-Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 9-Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (Gl 1:8,9).

Dízimo

Dízimo, promessa voluntária


No livro de Gênesis, capítulo 14, aparece à primeira menção ao dízimo, Abrão, após uma guerra vitoriosa deu parte de tudo ao sacerdote Melquisedeque.
Conforme o exemplo de Abraão, só é preciso entregar o dízimo uma vez na vida e pronto.
Após uma noite em que teve um sonho revelador, Jacó, neto de Abraão, também se comprometeu voluntariamente a dar dízimos, caso Deus o guardasse e protegesse, na viagem que fazia. “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.
Jacó fez um voto, ou seja, ele usou a fé, e Deus respondeu a ela.
Em todas as menções  antes da lei de Moisés, o dízimo é registrado sob a forma de promessa ou voto voluntário e agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas vitórias conquistadas.

Dízimo pela lei


Em Levitíco 27 a lei Mosaica já prevê que o povo tem de pagar um imposto de dez por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano. Mas, é em Deuteronômios 14, que é definida a finalidade do dízimo, ajustando alguns aspectos que não foram mencionados em Levítico, tais como: razão de culto, interação familiar e auxílio à classe sacerdotal. Ficando ainda registrado, que a cada três anos, essas ofertas, os dízimos, seriam instrumentos de auxílio social, especialmente para os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas.
 Os levitas recebiam os dízimos porque eles não tinham herança ou propriedade.  “Porém Moisés não tinha dado terras à tribo de Levi. As propriedades dos levitas eram os alimentos trazidos a Deus, o Senhor, como oferta, conforme Ele havia ordenado a Moisés” (Js 13:14).

28-De três em três anos juntem a décima parte das colheitas daquele ano e guardem nas cidades onde vocês moram. 29-Essa comida é para os levitas, pois eles não têm terras próprias; é também para os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que moram nas cidades de vocês. Assim todos eles terão toda a comida que precisarem. Façam isso para que o Senhor, nosso Deus, abençoe todo o trabalho de vocês (Dt 14:28-29).
Ofertas pela graça


Muitos pastores estão vivendo em um luxo exagerado, cercado de todos os tipos de regalias e enchendo suas contas bancárias, enquanto pessoas modestas e humildes são obrigadas a dizimar. Sob ameaça de não participar da ceia do Senhor, e de não poder ser obreiro ou até de seu nome ser exposto em um mural dos não dizimistas do mês.
E muitos que estão fora da igreja se escandalizam e dizem:
“Vou virar pastor só pra andar de carrão”  
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas. Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo (Mt 23:23,24).Esse versículo é o único que é mencionado sobre o dízimo no novo testamento, e o mais usado pelos pregadores que querem subjugar o povo. “desprezais o mais importante da lei” medite nessa frase, “importante da lei” Jesus esta corrigindo os hipócritas “da lei”.
Nós aprendemos que, os que querem se justificar com as obras da Lei é maldito. “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está:
“Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. (veja Gl 2:21, 3:10 e 5:4).
Como havia hipocrisia nos lideres religiosos da lei, hoje ainda mais, pois, exigem a entrega de dízimos, ofertas e sacrifícios nas congregações e dizem:
“para que haja mantimento na casa do Senhor”.  Mas nunca se vê esse alimento e o dinheiro que entra no cofre da igreja local nunca é usado para suprir a necessidade dos membros da igreja como está escrito em Atos 4:35 “E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha”.
No livro de atos, vemos o modelo de igreja que precisamos ter em nossos dias. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (At 4:34,35).
Hoje, o que é praticado, é somente o
“depositar aos pés dos pastores” por que o “repartir segundo a necessidade de cada um” nunca acontece.
A corrupção e roubalheira da política brasileira têm invadido também as igrejas, e é por isso que tem muitos evangélicos ingressando no mundo podre da política. Não se enganem: “As más companhias estragam os bons costumes” (1 Co 15:33).

Inicio da prática do dízimo na igreja 500 d.C



A Igreja Católica Apostólica Romana só começou com prática do dízimo depois da queda do Império Romano, no século IV (500 d.c). A igreja ocupou o vazio do poder, e para evitar o caos financeiro, começou a cobrar o dízimo sob pena de excomunhão ou exclusão. No século VI, os concílios da Igreja da França relembravam essa obrigação. O Bispo Graciano inseriu no decreto aos fiéis uma lista de bens sujeitos ao dízimo, redigida por Cesário de Arles e atribuída por ele a Santo Agostinho. O dízimo era devido por todos os participantes da igreja, até mesmo pelo rei e pela nobreza.

O dízimo foi confirmado oficialmente pelos concílios regionais de Tours (567) e Mácon (585). Mas foi somente a partir de Carlos Magno (779) que o dízimo passou a ser cobrado regularmente. Ele generalizou e confirmou sua prática. Dividiu o produto dos pagamentos em três partes iguais, destinada à igreja paroquial, ao pároco e aos pobres. Em princípio o bispo não deveria receber nada. Mas na verdade os bispos ficavam com uma parte, enquanto os abades e priores disputavam o dízimo sobre as terras de seu monastério, em prejuízo do clero paroquial.

Por causa do controle leigo dos bens e ganhos da Igreja nos séculos VIII e IX, os proprietários consideravam os dízimos parte integrante de seu domínio e, como tal, os submetiam a suas propriedades. Parte considerável dos dízimos permaneceu submetida ao feudo até os tempos modernos, mesmo depois de a Reforma Gregoriana ter obrigado os senhores a entregar seus bens temporais as igrejas paroquiais.

Esse sistema tributário estendeu-se posteriormente às demais nações cristãs: chegou à Inglaterra no século X. Na península Ibérica os dízimos já eram praticados desde o século VII, em caráter voluntário, e somente 400 anos depois passa a ser obrigatório. Nos dois primeiros concílios de Latrão, em 1123 e 1139, o dízimo foi finalmente incorporado à legislação geral da igreja, de forma definitiva, como a décima parte da renda dos fiéis.

Os dízimos foram uma das principais atribuições das jurisdições eclesiásticas no final da Idade Média, estiveram na origem de inúmeros conflitos entre a justiça eclesiástica e a real.

Para aceitarmos a prática do dízimo na igreja, principalmente com o grande desvio de finalidade como vemos hoje, teremos que desprezar o estudo da Bíblia e também a história da Igreja, incluindo os apóstolos e os líderes dos primeiros séculos da história do Cristianismo
.

                                        O juízo

31-E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 32-e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. 33-E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 34-Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; 35-porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; 36-estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. 37-Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? 38-E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? 39-E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? 40-E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. 41-Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; 42-porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43-sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes. 44-Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos? 45-Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. 46-E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna (Mt25:31-46).


                           Nossa riqueza

Quando Jesus falou a respeito de nossa vida financeira Ele disse:
19-Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. 20-Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. 21-Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22-A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. 23-Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24-Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
25-Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? 26-Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27-E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? 28-E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. 29-E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30-Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? 31-Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? 32-(Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; 33-Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34-Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.


Está sendo pregado em vários lugares um evangelho de prosperidade, onde dizem que a riqueza é sinônima da aprovação de Deus.
16-E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? 17-Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. 18-E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; 19-honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20-Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? 21-Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. 22-Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades (Mt 24:16-22).
Para as igrejas que pregam um evangelho pervertido, um homem é aprovado por Deus pelo que ele ganha e possui, mas para Deus, o homem se torna rico pelo que ele dá com amor.
Ajude a obra de Deus, não por obrigação da lei mosaica, mas por amor. Com ofertas e contribuições segundo a sua renda. Pois Deus ama o que contribui com alegria e não por constrangimento.
6E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. 7Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. 8E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, 9conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre (2 Co 9:6-9). Ajude os necessitados e pobres para que sua justiça permaneça para sempre.
Não tendo medo do devorador, pois se Jesus esmagou e venceu o chefe e líder dos demônios (satanás o diabo), quanto mais à ralé deles.
“Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 Jo 4:4).
Creia nesta palavra
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 24:33).




                  “JESUS A RIQUEZA DE TODO POBRE”

 Esta postagem foi retirada do meu  livro "Ladrões na seara". Que o Senhor da seara me revelou, e com muita oração, estudo e pesquisa consegui colocar em prática.  

Aleluia, toda honra louvor e glória seja da ao Grande Deus e Pai do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.amém

Nenhum comentário:

Postar um comentário